terça-feira, maio 09, 2006

Rantanplan (recebido via mail a 15/04/2006)

Apresento-me...



Sou um rafeiro...! Enquanto cachorro e sempre que me cruzava com os humanos, estes, soltavam um grunhido capaz de chamar, à atenção, qualquer surdo profundo. Com a indiferença digna, da arrogância, dum Presidente de câmara-de-ar-(rota), lá passava eu... murmurando para com as minhas patas: ” Mm! A grunhidos...! Nem com uma “escarreta”, nas trombas, os...
Para cachorro, comunicar com humanos, revelava-se tão difícil quanto: realizar actas de Assembleias Municipais; circular na rotunda – variante Nordeste – de biciclo, sem perda total para a companhia seguradora; banhar-me nos tanques Municipais, sem perder a minha pila – de – cão; chegar à casota, após passeata nocturna, sem nódoas negras nas patas – tal gincana de mecos! - ou, conduzir sem cinto de segurança.
Não fosse o diabo tecê-las – meu rico quadril! - e reconhecendo-me de boa ninhada, comecei por retribuir, tais grunhidos, com um aceno de focinho. Hoje, cão cognitivo, identifico-os como; saudação e exclamação do meu nome.
Chamam-me, Rantanplan! O nome... não o discuto! Não sou desmancha - prazeres! Longe de mim, tirar protagonismo ao estudante” borrachilas” da E.S.T.G.0.D** ou a um momento de rara lucidez do Marcelo - meu compincha das pranchas – de - jardim.
Ao longo da minha vida de cão, tenho escapado, às malhas da brigada sanitária da câmara-de-ar-(rota).É caso para escrever: “Ou sou eu, muito burro...ou são eles, muito espertos!!!” Eh! Eh! Eh!
Não me censurem, por: fazer uma mija aqui... deixar uma poia acolá... mas, tudo melhor ao canil. Desenganem-se...! Não é a Fundação D. Maria Emília Vasconcelos Cabral. Refiro-me ao canil do estaleiro canário.
O canil, em questão, foi notificado para prestar declarações no Tribunal Internacional dos Direitos dos Animais. Pensava-se, pertencer a auschwitz, como: crematório. Hoje, sabe-se que... foi ilibado! Da sua memória descritiva, não constavam: a chaminé cónica em tijolo e, ostentar na verga da porta, o pensamento:” O trabalho liberta”. Valha-nos isso..! Ao que um cão se sujeita!!!
Não sou, pedreiro! Carpinteiro, muito menos - só de pensar que, a qualquer momento, poderia espetar dois pregos na própria pata! E depois...como mijaria se a pata, lesionada, fosse a de apoio?! -. Apesar disso, já vivi em muitas casotas e visitei cãopinchas em canis. Assim, e pelas experiências vividas, poderei considerar-me: técnico de casotas e canis. Nesta condição, bem que poderia dar uma patinha na beneficiação do dito canil, mas... não sou Presidente de câmara-de-ar-(rota). Por falar em estaleiro e trabalho...! Não,... é melhor não!
Insuspeito, vagueio pelas ruelas da necessidade e do concelho. Imitindo e recepcionando discursos, estabeleço diálogos e contactos, ao mais alto nível. Não é questão de discriminação social. Bem pelo contrário, sigam o meu raciocínio: se uma criança, que gatinha, é mais alta do que o vosso rafeiro... Esclarecidos?! Isto do gatinhar… Quantos são...?! Quantos são...?!
Como manifesto da verdade, de toda a verdade, nada mais que a verdade e com toda a boa vontade de cão, apresento a minha identificação:

E.S.T.G.O.D**- Aí, meu Deus...! Que daqui, já não saio…

Próximo número - já na calha -: Rantanplan e a verdade, verdadinha, sobre o inferno!!!